quinta-feira, 30 de abril de 2009

thuuu, thuruuu thuru - ao som de Henry Mancini

Não sei se isso é algo comum e já estou me sentindo péssima por escrever sobre.
Existe uma pessoa, que você gosta muito por sinal. Ela é para você alguém que tem boas qualidades e você até entende seus defeitos. Esteve sempre por perto e você sempre fez questão.
Sabia agradecer, pedir perdão, desejar feliz aniversário e oferecer ajuda com aquelas coisas bobas que a gente sempre precisa - atestado médico, supermercado, o nome da tinta que você anda procurando há um bom tempo, etc.
No íntimo você entende seus motivos suficientes para gostar dela. Está claro. A companhia é agradável e o tempo passa rápido para vocês.
Mas tem algo, que hoje não serei a melhor para definir. Algo de reprovável, e tá lá no seu íntimo, algo de vulgar que você repudia, alguns valores que não combinam ou alguma atitute dela que até hoje te apavora.
É uma sensação de que mesmo gostando muito, você não deve ser para ela (digo, pessoa) quem você normalmente é para outros. Como se tudo que acontecese ao lado dela fosse a "matéria selecionada" para não contar a teus pais - e este é meu parâmetro para o certo e o errado, o primeiro, sem problemas, mas o segundo, a gente nunca quer contar - e como se você, apesar de muito querer, tivesse que esconder esta relação do mundo e até de você mesmo.
Enquanto essa sensação era só minha - e disso eu tinha certeza- não era difícil controlar. Eu evitava um momento ou outro e pronto, dava tudo certo. Mas aí acontece que algo muito natural, que não precisava acontecer "por baixo do pano" aconteceu assim, bem por baixo mesmo, e só então eu pude ver que era recíproco, ou seja, eu era também essa pessoa que apesar de gostar, ela não podia ser minha amiga.
Os motivos para essa não-amizade-pública precisam ser de grande valor, porque eu sentiria muito mais vergonha se fossem só a maneira como os outros enxergam essa relação!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ERRATA!

QUALQUER PESSOA DESATENTA QUE PASSE POR ESSE BLOG CONSEGUE INDETIFICAR PELO MENOS UNS 5 ERROS DE ORTOGRAFIA EM CADA CARTA MINHA! EU SEI!! ESCREVO CORRENDO E NORMALMENTE MEUS ERROS NÃO ME INCOMODAM! SÃO TROCAS DE "L" POR "K", "S" NO LUGAR ERRADO, LETRAS DOBRADAS, PALAVRAS ESCRITAS POR DUAS VEZES SEGUIDAS, ENFIM.. SÃO MUITOS ERROS!
TEM MAIS!!
EU ADORO CORRIGIR OS OUTROS, SEI QUE É UM HÁBITO BEM POUCO AGRADÁVEL E TAMBÉM SEI QUE NO TEXTO AÍ EM BAIXO EU ESCREVI "HAVIAM"!!
MINHA MÃE QUE ME DESCULPE!
TÁ ERRADO GENTE, SORRY!

prejudicada pela visão

Num pensamento forçado sobre como sou ligada a tudo que é visual, achei uma boa maneira de começar a escrever sobre algo que há muito tenho tentado.
Momentaneamente impedida de ver a estampa da minha colcha, pude lembrar que ainda quando pequena tinha uma psicóloga fantástica! Calma, vou chegar lá!
Ela era do tipo que a gente procura, procura e nunca acha! Como aquelas que a gente vive a idealizar e não há uma boa alma que saiba realmente indicar!
Eu mesma procurei uma por uns bons 4 meses. Vivia a trocar. Uma hora eu odiava a maneira com ela havia se apresentado, outra hora me deparava com um homem e isso era imperdoável porque eu não queria um PSICÓLOGO..Mas´haviam as que me perguntavam se eu podia fazer um desenho qualquer e eu não estava indo lá para desenhar!
Cheguei a sair de um consultório porque o corte de cabelo dela era muito estranho (ou pelo menos eu achava iso), pelo perfume, porque ela me chamava de carolina e não de carol, porque ela usava conjunto numa época em que isso para mim era proibido, enfim, por muitos mais motivos.
Vejam que nunca questionei se eram ou não boas naquilo que faziam!
Eis que minha mãe agendou um horário pra mim em uma daquelas - disse que ela tinha um sofá que eu ia gostar e realmente, eu adorei!
Ela tinha um nome feio mas foi inteligente o bastante pra se apresentar pelo apelido que era o máximo, cortava os cabelos num chanel igual ao meu, estava sempre com uma roupa fofa e me deixava falar, o que pra mim contava muito. Isso tudo ajudou muito, porque normalmente fora o que me fizera abandonar todas as outras, mas o que me fez ficar por alí foi o sofá!
Mãe não se engana!
O sofá dela era de dois lugares, mas como só eu sentava lá naquele horário, ela me abraçava perfeitamente. Eu ficava sempre sentava próxima ao braço direito do sofá porque gostava de sentar em cima da mão esquerda, mas quando eu queria deitar colocava a caeça do outro lado do sofá e meu corpo cabia direitinho no assento! A estampa também colaborou, era xadrex de verde claro, e eu amava.
Como era bom ter uma psicóloga que tinha minha vibe.
Saí de férias, fui viajar com a família toda e quando voltei a única coisa que me dava mais saudade do que ela, era feijão, porque na praia nunca tinha feijão.
Cheguei e, como havíamos combinado, liguei para a secretária dela e agendei minha sonhada horinha no sofá dela!
Pasmem! O sofá dela, num mesmo compose de xadrex (no de dois lugares) e liso da mesma cor (na poltrona dela), havia se transformado num conjuntinho cor de rosa!
Eu odiava rosa e acho que essa foi a única informação que ela ainda não havia anotado na prancheta dela! Comecei a odiar a prancheta também, óbvio.
Como podia? será que em momento algum ela cogitou que eu tinha escolhido ela pela cor do sofá? E tem mais, como podia achar que tinha mudado tanto sendo que mais parecia que tinha mandado o sofá ao salão de beleza pra mudar a cor do cabelo? Pronto, passei a odiar tudo, o perfume, o corte de seus cabelos, seus vestidos, e isso, sim, foi mais que suficiente para eu me dar alta!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A valsa da minha essência.

Passei os quatro primeiros meses do ano tentando engrenar de novo a carol do ano passado. Tinha ritmo apressado,e eu não estou falando que era agitada, concentração em determinadas matérias que hoje particularmente acho péssimas! Admirava o meu próprio gosto pelo que hoje me causa cansaço..
Andava meio desligada de quem era a nova personagem desse ano - normalmente demoro até perceber que já não é mais como antes (isso aplica-se a tudo)- mas aí acontece algo bobo, tipo um programa de televisão que me arrebata de jeito e eu sou outra!
Posso jurar que tenho nova essência, que sou mais serena, que gosto do rosa e quero cortinas novas, que meu quarto merece uma reforma, que deveria ter feito psicologia ao invés de Direito, enfim, viro, num piscar de olhos, alguém que nem eu mesma conheço!
Desde já, só digo que esta nova, não é nada melhor que a do ano pasado..
Só me conforta saber que valsa nova dançar, afinal, em abril, já era sem tempo!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sartre por Carol

Teté! (mais direta impossível)
Sartre disse que "a fé, mesmo quando é profunda, não é completa"! Acho que foi por aí que você concluiu que estamos sempre abrindo mão daquilo que não é de nossa alçada e passamos a fazer tão somente o que é possível, ou seja, o que é fácil, que não dá trabalho, que não leva muito tempo, e o que mais for neste sentido!
Fazemos pouco e óbviamente, recebemos pouco! Daí surge aquela sensação de que somos só nós mesmo. Como se ouve por aí: "Cada um por si e Deus contra todos".
É a fé que é pouca, ou como disse Sartre, incompleta!
Freudianamente comentando isso, poderia perguntar o que é fé e como é a fé completa, porque aí sim eu saberia dizer se você está certa ou errada, mas como sequer sei o que é fé, digo, na sua essência, não posso afirmar que você tem de sobra ou se lhe falta!
Recuperando a terceira pessoa...
Fazemos muito pouco por quem está à nossa volta e quando o fazemos, esperamos muito, o que normalmente não nos é dado!
Por isso nos resta sempre a sensação de que somos sós!
Recuperando meu prazer, continuo na primeira pessoa...
Escolhi fazer mais do que está a meu alcance por alguma pessoas! Tenha a certeza de que como péssimo ser humano que sou, tudo isso na certeza de que elas me retribuiriam! Mas ainda assim, pode ter certeza de que você é acompanhada por mim...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Hum!

Incrível entender como as pessoas passam, passam e voltam a passar por nossas vidas.
As vezes um cara de longe que você conheceu e era o má-xi-mo surge num simples "google" que você dá no nome dele - e quem nunca deu um google no nome daquele cara que atire a primeira pedra. Aí aparecem 300 notícias dizendo o que ele anda fazendo, em qual site saiu uma foto dele publicando um livro ou então jantando com a nova namorada, se ele abriu um novo negócio, se teve um filho ou que ainda anda na mesma.
As vezes nem era um cara de longe, mas as histórias de quem mora longe são sempre mais emocionantes!
É simplesmente muito bom saber que, incríveis ou não, eles voltam a passar por nós. Mais incrível ainda, é saber que ele ainda está na mesma! Esta última informação é muito agradável quando a passagem foi curta e não foi você que deu causa à pequena duração.
Porque a gente se esmera em um bom papo, num bom olhar, num bom sorriso e eles num simples: foi bom te conhecer!
Bom não. Foi ótimo e eles não sabem!
Bom mesmo é ver que tanto tempo depois, o google mostra que ele ainda continua lá, advogando, no mesmo escritório, com várias das mesmas ações, com o mesmo celular, email e endereço e vai te encontrar logo, logo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Caricatura

Você pode tentar usar uma franja ou então colocar um óculos de determinado formato, mas na verdade, é a sua testa pequena (as vezes grande) demais que faz de você quem você é! O seu nariz tortinho para a direita ou então as sobrancelhas diferentes são exatamente aquilo que te diferenciam num desenho. Seus detalhes bizarros, ou feios, chame como quiser, são os primeiros a serem reparados quando viras caricatura. São neles também que você mais repara e que mais tenta esconder.
Que irônico esconder a testa quando mostras a mente e mente sem parar! Que feio moldar sua sobrancelha quando teu olhar te entrega e te resume imensuravelmente mau. Porque usar salto se estás à altura? Queremos ser mais que o do lado?
Queremos alcançar um rosto simétrico uma boca igual à da A. Jolie, e tudo que há de mais perfeito, mas não enxergamos o quão vulnerável é ser simétrico e perfeito. É sonso ser só isso. Acho muito mais encantador poder ser alvo de uma caricatura.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nostalgia + Novalgina = Nosvalgina

Desafiando a falta de criatividade, hoje meu tema é meu dente!
Na verdade, minha dor!
Todo ser humano encontra sua linha tênue entre o prazer e a dor.
Quando criança, é o máximo ficar mexendo com a língua no dente que vai cair!! Vira um evento aquilo! A madrinha quer ver, a mãe quer guardar, o pai quer trocar ($) e você quer fazer o melhor negócio do mundo jogando seu dente no telhado, porque aí também você faz um pedido e escolhe o que realmente quer!
É um período que dura pouco e deve ser bem aproveitado por toda criança! Se eu pudesse diria para meus filhos fazerem isso! Não arrancaria nenhum dente deles com fio dental, na maçaneta da porta ou mesmo usando de força física! Ques eles caiam!
Passado esse delicioso momento, é claroo que pai nenhum aguenta e lá vai pedindo pro filho deixar ver o dentinho!! Sem muita enrrolação lá se vai um dente teu! Dói!! Aí fica aquela sensação horrível de buraco na boca, afinal sua língua ainda não acostumou, sem contar o gosto que você quase nunca sente e o espetáculo que você torna-se! OUTRO TIPO é claro!
Pensei nisso hoje de manhã quando, ao invés de melhorar, acordei com meu ciso mais dolorido ainda! Não há antiinflamatório que resolva; novalgina, magnopyrol, neusa, tylex!! nadaa!!
Duas horinhas sem sentir aquilo já é luxo!
Mas tudo bem, porque dessa vez pelo menos a linha foi facilmente encontrada, digo, transpassada! É só dor!! não houve prazer algum.
O que eu não mereço é ter que me deslocar de casa a um consultório para poder fazer o que meu pai, com toda sua "sutileza" , fazia maravilhosamente bem quando eu era menor!
Aí sim! se eu fosse mãe, arrancaria o dente da minha filha!!

domingo, 5 de abril de 2009

Que os anjos digam amém

As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. (...) A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora.. (...) A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus.

Vi isso num desses lugares fáceis de se ler coisa boa.. Quem escreveu foi Arnaldo Jabor (fácil é gostar dele)...

Tens bom caráter ou tens boa reputação?

É claro que noventa vírgula nove, nove, nove, nove por cento da população não hesitaria em responder que tem bom caráter, e não assegurariam com tanta certeza sua boa reputação, afinal, nem sempre as pessoas reconhecem tamanha bondade e retidão de caráter num ser humano!

Você jura que é bom, que seus valores são ideais e que seus pais te educaram como se deve. Não duvida de que educará seus filhos para serem como você, e que quando conhecer seu marido, ele concordará que a prole merece ter o seu caráter.

Eu mesma tenho muita certeza disso e escrevo na maior convicção!

Acho que simplesmente a gente não aprendeu de verdade o que é um bom caráter! Será que é dizer amém a teus pais e superiores? será que é dizer pra teu amigo não usar drogas? ou então dizer para suas amigas fazerem o moralmente correto, mesmo que aquilo não as faça feliz?

Ter bom caráter é honrar a teu pai e tua mãe? Amar ao próximo e umas sete coisas mais?

É muito subjetivo dizer o significado disso! Jabor mesmo não foi capaz de ser objetivo no seu significado, mas eu entendi.. Me convenci que o caráter é aquilo que aparece quando teus filhos nascem e você, sozinha, tem que dizer o que é certo e o que não é... é o que te segura quando leva um tapa na cara, o que te impede de magoar, o que te faz estudar e com certeza o que te faz feliz ou infeliz..

O caráter te deixa escolher a porcentagem da importância que você dá para tua reputação; de outro lado, tua reputação nem sempre reflete fielmente quanto vale seu caráter.