quarta-feira, 21 de abril de 2010

A INSUSTENTÁVEL SANIDADE DO SER

"Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!" - Clarice Lispector

Comento: Sempre achei mto difícil ler Clarice... quase como ler "livros de adulto" quando se é criança!! de fato o era quando tentava lê-los, mas hoje, algo inusitado me ocorreu!
Esse "livro" citado por Clarice no texto acima é tão corriqueiro! Pelo menos na minha vida!
Estou a procura de muitos livros e, por livros, entenda-se inúmeros outros substantivos!

Vejam só:

"Estou à procura de um amor para viver. É um amor todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem a cor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um amor que eu jamais entenderia. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse amor desconhecido e já tão profundo em mim. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria vendo e de súbito, um suspiro muito profundo, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode amar tanto, meu Deus!"

Essa sou eu! Sorry pelo plágio!! Foi inevitável, afinal, acho que hoje entendi Clarice pela primeira vez!